terça-feira, 4 de maio de 2010

Hein?

Nada com nada. O texto que vou postar não merece ser publicado, mas como é uma característica minha escrever meios (sim, coisas sem começo nem fim, pé nem cabeça) vou publicar. Quem ler... lembre-se: é só o meio.

_ Foucault afirma que existe um risco em encerramos nos muros da exclusão social, às margens, aqueles que a sociedade não quer mais. Eles podem se organizar. Os excluídos se organizam tão bem ou melhor do que a sociedade.
_ Não compreendo. Quais possibilidades eles tem?
_ Estrutura. Desde que haja um grupo, por menor que seja, estamos falando de um grupo social. E o que garante sua subsistência é a organização. Uma estrutura blindagem contra o desaparecimento. Quer desfazer essa organização dos marginalizados? Desestruture-os.
_ Alguém teria dito que basta o emocional...
_ Relações de poder. O que sustenta uma estrutura são as relações de poder. Um grupo, por convenção, determina as relações entre si e distribuem o poder. Grande parte desse poder se concentra nas mãos de poucos, ou de um único. Está estabelecida a hierarquia. Desfaça essa hierarquia, enfraqueça o poder e terá a estrutura abalada.
_ Que distribuição de poder garante essa estrutura? Não somos multilaterais.
_ Um líder. Não há relação de poder sem um que manda e um que obedeça. O príncipe e os súditos. Ligados pela hierarquia, pela força do poder. Mas quem determina quem é o príncipe e quem são os súditos? É preciso entender os detalhes de cada grupo, a micro sociedade.
_ Romperemos com essa relação.
_ Sim. Se a teoria do Foucault estiver certa, precisamos nos ater aos movimentos dos que estão nos muros da exclusão. Precisamos desestruturá-los. Atacando a relação de poder. Num raciocínio próximo ao de Machiavel, é perigoso para o príncipe ser odiado pelos súditos. Um príncipe odiado não tem respeito. Perde a credibilidade. Quem sente ódio quer acabar com aquilo que lhe causa o ódio.
_ Provocar o ódio dos que estão sob seu poder? Causaríamos uma rebelião.
_ Mais difícil, para nós, seria se eles estivessem ligados por laços afetivos. Não se rompe uma relação ligada pelo amor. O vínculo de obrigação passa pelo coração e pouco poderíamos fazer. Mas se a convenção for estabelecida por vínculos que não sejam amorosos, o que é radicalmente mais comum, então temos o trunfo. O príncipe precisa ser odiado pelo povo e o povo pedirá sua cabeça.

Um comentário:

Maísa Reindeer disse...

Então! Resumindo o que eu entendi. NADA! kkkkkk' Adorei!